O comitê de campanha de Jair Bolsonaro (PL) já começou a ganhar forma com um núcleo de aliados que tem discutido estratégias para a reeleição. O grupo, com divisões de tarefas já delineadas, é formado inicialmente por Flávio Bolsonaro (senador), Valdemar Costa Neto (comandante do PL), Ciro Nogueira (ministro-chefe da Casa Civil e cacique do PP) e Onyx Lorenzoni (ministro do Trabalho). A notícia é do jornal O Globo.
Primogênito do presidente, Flávio tem uma posição de liderança considerada natural por ser a pessoa de maior confiança do titular do Palácio do Planalto e por ter ajudado na negociação com partidos da base do governo. Caberá a ele a interlocução entre o time político e outros grupos que apoiam Bolsonaro.
Já Valdemar Costa Neto, presidente do partido de Bolsonaro, assumiu a dianteira da coordenação dos palanques nos estados. O cacique do Centrão tem atuado próximo a Ciro Nogueira, com quem se reuniu na última terça-feira no Planalto. A Ciro cabe fazer a análise das pesquisas de intenção de voto e mapear as ações do Executivo que possam ser exploradas positivamente.
Quarto integrante do comitê, Onyx Lorenzoni, ministro do Trabalho, é um dos poucos remanescentes de 2018 que se mantêm no núcleo duro de Bolsonaro. Coordenador da equipe anterior, ele tem participado das discussões — uma delas aconteceu em sua casa — mas a tendência é que se distancie para tocar a própria campanha ao governo do Rio Grande do Sul.
Mais adiante, outros aliados ainda devem encorpar a equipe que já está trabalhando, como os ministros Fabio Faria (Comunicações) e Walter Braga Netto (Defesa), além de líderes de partidos. Assim como ocorreu em 2018, o vereador do Rio Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) deverá assumir uma atuação paralela à da equipe principal, com foco principal nas redes sociais e no engajamento da militância.
Fábio Faria tende a reforçar o time, já que a Secretaria Especial de Comunicação Social, departamento estratégico para a reeleição, está sob seu guarda-chuva. Cotado por Bolsonaro como uma das opções para ser seu vice, Braga Netto também deve ingressar no comitê. De acordo com militares, o general da reserva tem se entusiasmado com o projeto e dedicado boa parte do próprio tempo às discussões políticas.
O ministro Luiz Eduardo Ramos, da Secretaria-Geral do Governo, que ao longo do governo se esforçou para ficar ao lado de Bolsonaro valendo-se da amizade dos tempos da Academia Militar das Agulhas Negras (Aman), ainda tenta se juntar ao comitê. Na semana passada, como mostrou a coluna Lauro Jardim, conversou por uma hora com Valdemar Costa Neto.
Créditos: Terra Brasil Noticias (Via Jornal Globo)